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terça-feira, 1 de novembro de 2011

ANÁLISE DO MERCADO - 29102011


 
No front externo, continua a novela da dívida na Europa com alguns rabiscos de solução, entretanto, ainda não ficou claro de onde sairão os recursos para o Fundo Europeu de Resgate. Outro fato que deverá ficar no radar do investidor é a desaceleração chinesa, que poderá trazer conseqüências na exportação brasileira do minério de ferro, o que poderá afetar a Balança de Pagamentos do país em 2012.
No front interno, a inflação aparentemente está controlada iniciando a sua curva em direção ao intervalo da meta. A bolha de crédito e imobiliária também aparenta estar controlada, tendo em vista as quedas nas vendas de imóveis e a maior dificuldade de crédito para o financiamento de bens. Com os recursos da Caixa Econômica se esgotando, o governo parece que foi conservador diminuindo o ritmo de crédito, além do crescimento do endividamento das famílias brasileiras que limitando o consumo.
As próximas reuniões do COPOM ocorrem em 29 de novembro de 2011 e janeiro / março / abril / maio de 2012, que poderá levar a taxa de juros para 10%.

Cenários para a dívida européia

Cenário 1 – Todos os problemas serão resolvidos e ações subiram fortemente justificada em crescimento saudável da economia mundial.  Nesse cenário, poderemos ter uma boa valorização do euro frente às demais moedas. Probabilidade: 15%

Cenário 2 – Esse cenário tem como pano de fundo as medidas de expansão monetária que poderão ser adotadas pelos países europeus (BCE), com a finalidade de diminuir o risco de defaut e proporcionar crescimento virtuoso à economia da região. Essa alternativa poderá beneficiar no início as ações, mas no futuro serão beneficiados os investimentos atrelados á inflação e os ativos defensivos (ouro e dólar). Alguns analistas acreditam que essas medidas podem provocar o risco de descontrole inflacionário. Probabilidade: 20%
 
Cenário 3 - O terceiro cenário terá um crescimento moderado até fins de 2012, o que manterá a elevada taxa de desemprego da região. Essa alternativa, não se prevê grandes ganhos com o mercado acionário, com exceção dos bancos que poderão ter forte recuperação de seu valor devido ás grandes quedas em 2011. Probabilidade: 60%

Cenário 4 – No último, pode-se inferir em desastre total com a quebra dos países periféricos e contaminação dos países centrais. Nesse caso, o porto seguro serão o dólar e ouro. Probabilidade: 5%

Cenários para a inflação

Preço das commodities – o excesso de liquidez ou um crescimento da economia mundial poderiam elevar os preços das commodities (em dólar). Entretanto, com a crise européia e a desaceleração da China, podemos esperar queda do preço das commodities o que mantém a inflação sobre controle. O índice CRB caiu 10%.

Câmbio – o aumento do câmbio aconteceria com uma crise global ou déficit fiscal. A crise global parece que será superada e o Brasil mantém um bom controle de sua balança de pagamentos o que manterá o real valorizado na casa de 1,70, ajudando também a controlar a inflação. O real valorizado mantém uma âncora contra o processo inflacionário.

Crédito – o governo parece que manterá mais rigidez na concessão de créditos, bem como sabemos que os recursos estão se esgotando (Poupança e FAT). Os recursos do BNDES tiveram uma queda acentuada em 2011.

Empregos – a criação de empregos caiu drasticamente, o que impede um aumento dos juros e mantém a inflação sobre controle.

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